“Permanecei no meu amor”…

“Permanecei no meu amor”…

Vamos ouvir o que nosso Senhor quer nos dizer no Evangelho que hoje vamos meditar.

Jo 15, 9–17

9 Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. 10 Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor como eu também guardei os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. 11 Disse-vos essas coisas para que minha alegria esteja convosco e a vossa alegria seja completa. 12 Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei. 13 Ninguém tem maior amor do que quem dá sua vida pelos amigos. 14 Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando. 15 Já não vos chamo escravos porque o escravo não sabe o que faz o senhor. Eu vos chamo amigos porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi do Pai. 16 Vós não me escolhestes a mim, eu vos escolhi a vós e vos destinei para irdes dar fruto; e para que vosso fruto permaneça e tudo que pedirdes ao Pai em meu nome ele vo-lo dê. 17 Eu vos ordeno que vos ameis uns aos outros.

Bíblia Ave Maria

O Evangelho de hoje nos mostra aquele que é o maior mandamento de nosso Senhor Jesus Cristo: o amor. Jesus insiste nas exigências do amor: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.” (v. 12); “Eu vos ordeno que vos ameis uns aos outros.” (v. 17). Com que amor devemos amar uns aos outros! Mas de que modo devemos amar uns aos outros?

É possível dizer que há dois estados de alma em que se pode praticar atos de amor. O primeiro estado de alma é aquele em que se pratica o amor contra a própria vontade. Um exemplo de atitude assim é quando o filho, por pura caridade, lava os pratos que os pais usaram, enquanto poderia somente ter lavado o seu. Sua vontade própria poderia ter sido maior, mas a caridade a venceu, e mesmo contra a vontade, ainda que ficando um pouco contrariado, o filho lavou os pratos dos pais.

O segundo estado de alma em que se pratica o amor é aquele estado que está em conformidade com a própria vontade. Um exemplo dessa prática é o que faz o esposo, quando dá um abraço em sua esposa. Nesse caso, a atitude do esposo não encontrou resistência à sua vontade própria. Podemos ver que é mais fácil praticar esses atos de amor, em contraposição à primeira prática de amor do filho que lava os pratos.

Ora, Jesus nos manda amar a todos. Sabemos que isso inclui os nossos inimigos. Portanto, nós devemos praticar o amor que vai contra a nossa própria vontade, como o filho que lava os pratos dos pais, podendo somente lavar o seu.

E não é fácil praticá-lo. Porém, o mandamento do Senhor não muda. “Sem mim, nada podeis fazer”[1]: isso quer dizer que não conseguiremos amar nossos inimigos sem estar com e em Jesus. Por isso também diz nosso Senhor, no trecho de hoje: “Permanecei no meu amor.” (v. 9b).

Se deve ser esse o amor que devemos uns aos outros, quanto não será o amor para com nosso Deus, que morreu por nosso amor! Em vista do que Ele fez por nós, ainda é pouco o que fazemos. Ou seja, é preciso amá-Lo de todos os modos possíveis.

Neste mês de Maria, vamos pedir a ela, a Mãe mais digna de amor, que com seu exemplo e intercessão nos ajude a praticar o amor-caridade, anseio de seu Filho.

Faça uma oração individual, suplicando a Maria que te ajude a pôr em prática o que Jesus nos mandou.


[1] Jo 15, 5s.